sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ANGELINA

Angelina

O sargento Tavares escuta o som das ondas a bater nas pedras e o cheiro de água salgada a lhe invadir as narinas e, não pode deixar de pensar em sua infância pobre, estava com seu discurso pronto. –Canalha, maldito, calhorda! Diz Tavares de si para si mesmo. Agora diante do gero um branco total toma sua mente e a ideia de matar o jovem diante dele de repente lhe vem à cabeça.


– Angelina minha filha vem aqui, quero que tu também escute, o que tenho para falar. Olha rapaz, tive que emancipar minha filha pra casa contigo – o policial militar para e toma fôlego, pois tinha que continuar – agora que ela ta grávida, tu me apronta uma desta rapaz, vender a casa que comprei para vocês dois morar e queimar as roupas do teu filho, que sequer nasceu ainda! Não vou te prender rapaz, mas creio que tu vai em cana logo, bem logo rapaz – O velho sargento se recusava em dizer o nome do genro. E ele tinha um pressentimento e, um mês após essa conversa André de Sousa Andrade que nunca cometera um ato ilegal na vida fora preso após um assalto mal sucedido. E em sua nova casa fora encontrado armas, mercadorias roubadas e drogas.
Texto de Samuel Costa que é cronista em Itajaí e que recebi por e-mail e aqui publico.

BÊBADO FALA DEMAIS

Lembro-me de um caso em que um rapaz havia cometido um assassinato em São Paulo e se escondeu no Mato-Grosso, o inquérito havia sido arquivado sem que nada fosse descoberto pela policia e que não havia informações que pudesse levar a autoria do homicídio, mas o criminoso em um dia que estava enchendo a cara no bar de um vilarejo começou a se empolgar e descreveu o homicídio que havia cometido em São Paulo.

Um dos ouvintes, incrédulo com a história narrada pelo autor dos fatos, achou que o mesmo contava aquilo para se jactar do feito violento e criminoso, talvez visando ser temido e respeitado, pois bem, o incrédulo comunicou o fato a um policial amigo seu que por sua vez resolveu checar com a delegacia da circunscrição onde ocorreu o delito e os dados foram tão precisos que foi possível obter provas contra o autor, inclusive com o encontro da arma do crime, escondida nas imediações do sitio dos eventos e assim foi decretada a prisão do “contador de histórias”.