Angelina
O sargento Tavares escuta o som das ondas a bater nas pedras e o cheiro de água salgada a lhe invadir as narinas e, não pode deixar de pensar em sua infância pobre, estava com seu discurso pronto. –Canalha, maldito, calhorda! Diz Tavares de si para si mesmo. Agora diante do gero um branco total toma sua mente e a ideia de matar o jovem diante dele de repente lhe vem à cabeça.
– Angelina minha filha vem aqui, quero que tu também escute, o que tenho para falar. Olha rapaz, tive que emancipar minha filha pra casa contigo – o policial militar para e toma fôlego, pois tinha que continuar – agora que ela ta grávida, tu me apronta uma desta rapaz, vender a casa que comprei para vocês dois morar e queimar as roupas do teu filho, que sequer nasceu ainda! Não vou te prender rapaz, mas creio que tu vai em cana logo, bem logo rapaz – O velho sargento se recusava em dizer o nome do genro. E ele tinha um pressentimento e, um mês após essa conversa André de Sousa Andrade que nunca cometera um ato ilegal na vida fora preso após um assalto mal sucedido. E em sua nova casa fora encontrado armas, mercadorias roubadas e drogas.
Texto de Samuel Costa que é cronista em Itajaí e que recebi por e-mail e aqui publico.
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